Dicas de Surf


Foi levado pela corrente? Aprenda a evitar esse perrengue

Big rider e salva-vidas Marcos Monteiro e ex-surfista profissional Neco Padaratz dão as dicas

Texto Rafael Thomé
Arquivo HC


Entrar no mar em busca de altas ondas é o que move os surfistas. Porém, o que se move também são as correntes marítimas, que podem estragar uma tarde de surf. Neco Padaratz; o salva-vidas e big rider carioca Marcos Monteiro e Cléber do Vale, Tenente do Grupamento de Bombeiros do Guarujá, nos ajudam a saber como evitar esse problema.


Pode parecer besteira, mas é comum surfistas (e banhistas) caírem em correntes marítimas. Basta estar no local errado, geralmente em uma praia que não conhece bem, e uma correnteza de alto-mar pode levá-lo em poucos instantes para uma zona atrás da arrebentação. O surfista Neco Padaratz tem a experiência de 10 anos na elite do surf mundial e sabe dos riscos que uma session envolve.

“Quando o mar sobe muito rápido, surge a corrente de retorno – a pior do mundo. Geralmente, o cara só percebe quando começa a ser puxado para o alto-mar e vê todo mundo remando pro inside, aí fica aquele volume de água que parece tomar conta dos braços. Sair dali é difícil”, analisa o surfista. A chamada corrente de retorno acontece em um local mais profundo e com menos onda, onde o volume d’água que veio com a série retorna para o alto-mar com bastante força, inutilizando qualquer tipo de remada.

A saída do mar depende muito das características de cada praia, mas existem algumas regras que podem ajudar na maioria dos casos. O salva-vidas carioca Marcos Monteiro indica que, caso você seja arrastado, uma das melhores maneiras de tentar sair da água é traçar uma linha diagonal em relação à praia e procurar o local que tenha mais ondas, usando a força do mar a seu favor. “Se não for possível chegar até a praia, a melhor opção é tentar manter a calma e levantar um dos braços para que alguém, de preferência um guarda-vidas, vá resgatá–lo. Nunca, em hipótese alguma, largue sua prancha”, alerta Marcos.

Caso a correnteza esteja forte e você não consiga mais remar nem chamar pedir ajuda, o tenente Cléber do Vale diz que “o melhor a fazer é boiar e deixar a corrente te levar até outra praia, onde poderá sair”. Caso se depare com uma situação de risco em alto-mar, como alguém se distanciado do lineup, preste ajuda à vítima, mas, para isso, é importante seguir algumas dicas. Segundo Marcos Monteiro, “o desespero, a velocidade e direção de deslocamento da vítima indicam risco de afogamento. O ideal é tomar muito cuidado na aproximação para não ser levado junto, além de usar algum objeto como boia e tentar passar tranquilidade”.

Ao ser arrastado para alto-mar, apenas duas coisas podem te salvar: um salva-vidas ou um helicóptero.
RESUMINDO:

01. A perigosa corrente de retorno acontece em um local mais profundo, onde o volume da água que veio com a série retorna para o alto-mar com bastante força.

02. Ao ser levado por uma correnteza, trace uma linha diagonal em relação à praia e procure o local que tenha mais ondas, usando a força do mar a seu favor.

03. Se não for possível chegar à praia, mantenha a calma e levante um dos braços para que um salva-vidas vá resgatá-lo. Nunca abandone sua prancha ou qualquer outro objeto que sirva de boia.

04. Quando não tiver mais força para remar, deixe-se levar pela correnteza até outra praia, onde poderá sair com mais facilidade.

05. Caso vá socorrer alguém, tome cuidado na aproximação para não ser levado junto. Leve algo que sirva de boia e tente passar tranquilidade à vítima.

Retirado do site: http://hardcore.uol.com.br/foi-levado-pela-corrente/
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A gente já te adianta: nada de xixi – ele pode infeccionar ainda mais a pele
Texto Rafael Thomé / Arquivo HC
As águas-vivas vêm ao litoral brasileiro PARA SE PROCRIAR NAS ÁGUAS MORNAS DO NOSSO verão, O QUE TORNA BEM MAIOR A CHANCE DE VOCÊ TROMBAR UMA NO OUTSIDE. Fique atento às dicas que podem ajudar caso você seja queimado por uma dessas “gelatinas”. 
O verão brasileiro atrai diversos turistas que estão interessados em gozar da beleza natural do país. No reino animal isso não é diferente, e é também atrás do clima de acasalamento que as águas-vivas, principalmente as caravelas, migram das Malvinas (Atlântico Sul) para se reproduzir em águas mornas brasileiras (do Rio Grande do Sul a Pernambuco). Quase nenhuma praia escapa da invasão desses invertebrados marinhos e quando o clima esquenta, é comum se queimar ao entrar em contato com um deles.
Vidal Haddad Jr., professor de dermatologia da Unesp, explica que a incidência de águas-vivas varia de acordo com a região. Só a região Sudeste contabiliza 80% dos acidentes: “Na maioria das vezes são provocados por uma pequena água-viva chamada ‘reloginho’ e não há grandes consequências.
Os acidentes mais graves são causados por caravelas e cubomedusas (corpo quadrado), que podem aparecer no Nordeste”. Ao entrar em contato com uma dessas “gelatinas”, a forte ardência nos leva a crer que fomos queimados, porém, o que acontece é um envenenamento ocasionado pelos tentáculos.
“As águas-vivas têm células de defesa que descarregam veneno e proteínas alergênicas na pele da vítima. O envenenamento causa dor intensa instantânea e inflamação no local”, explica o dermatologista.
O senso comum diz para urinar na região “queimada”, porém, essa prática é desaconselhada devido à possibilidade de infecção.
“Compressas de água do mar gelada e vinagre são medidas simples, baratas, fáceis de aplicar e efetivas, especialmente para acidentes de média gravidade”, conta Haddad. O professor diz que em casos mais graves, que podem ocasionar falta de ar, dor insuportável e arritmias cardíacas, é importante buscar um tratamento hospitalar.
Ainda de acordo com Haddad, jogar água doce no local é um grande erro, porque assim são disparadas as células venosas.

RESUMINDO…

01. Para aliviar a dor, faça compressas de vinagre, que diminuem o envenenamento, e de água do mar gelada, que funciona como anestésico.
02. Técnicas alternativas, como urinar, jogar Coca-Cola ou passar areia no local não funcionam e ainda podem infeccionar a região.
03. Nunca jogue água doce no local inflamado, isso apenas iria disparar mais células venenosas e aumentar a dor.

ÁGUA VIVA NA MESA?

Não são todas as águas-vivas que podem atrapalhar seu verão. A kurage, uma água-viva gigante que pode chegar a dois metros de diâmetro e pesar 200 kg, cultivada no Japão, é uma iguaria para quem tem o paladar exótico. Preparada com algas ou em saladas, a kurage é a única água-viva comestível, bem diferente das encontradas no nosso litoral.
Aqui no Brasil, alguns restaurantes servem o sushi de kurage a partir de R$ 10 cada unidade. Pratos mais elaborados saem a partir de R$ 35. verão brasileiro atrai diversos turistas que estão interessados em gozar da beleza natural do país. No reino animal isso não é diferente, e é também atrás do clima de acasalamento que as águas-vivas, principalmente as caravelas, migram das Malvinas (Atlântico Sul) para se reproduzir em águas mornas brasileiras (do Rio Grande do Sul a Pernambuco). Quase nenhuma praia escapa da invasão desses invertebrados marinhos e quando o clima esquenta, é comum se queimar ao entrar em contato com um deles.-


Fonte:
http://hardcore.uol.com.br/pego-pela-agua-viva-se-vire-nesse-perrengue/

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Ferimentos nos corais: e agora?


Saiba qual a melhor forma de tratar um ferimento de coral. A gente adianta: limão não é a melhor opção

Por Kevin Assunção

Surfar os melhores reefbreaks do planeta requer atenção não só com os tubos, mas com os corais afiados que disparam veneno ao serem tocados. Além disso, as bactérias que ficam nos corais e o carbonato de cálcio presente no esqueleto deles dificultam a cicatrização do ferimento. Como consequência, o veneno pode comprometer a musculatura, com sintoma similar à cãibra, e, nos piores casos, atingir o coração. “Grandes quantidades de veneno podem até matar, o que não é raro de se ver na região do Indo-Pacífico”, afirma Vidal Haddad, professor de dermatologia da Unesp.

Caso se machuque nos reefs, o tratamento começa logo dentro do mar. A dor pode ser amenizada se a água estiver gelada. Quando sair do mar, o correto é passar vinagre na região do ferimento, porque, ao contrário da água doce, ele evita o disparo de nematocistos, que são tóxicos – e, ao contrário das tradições polinésias, o limão não é o mais indicado para limpar o ferimento. Depois disso, escove e lave com água doce e sabão até retirar os pedaços de coral e carbonato de cálcio, que facilitam a entrada de bactérias. A pomada antibiótica Nebacetin (R$ 21,80) pode ser aplicada na região se o corte for superficial – neste caso você pode voltar a surfar em até dois dias.

Se o corte for extenso ou ocorrer perfurações profundas, é necessário parar de surfar e tomar um antibiótico via oral, como o Cefalexina, durante 10 dias e manter todos os cuidados na limpeza do ferimento. Ou seja: “tchau, surftrip”. Haddad explica que “não se deve surfar caso a vermelhidão ou o inchaço local aumente nos dois dias seguintes”. Isso é um indício de infecção, assim como secreções de pus.

Em lesões superficiais, um dia sem surfar é o suficiente. A pomada antibiótica Nebacetin deve ser passada após o tratamento, porque os elementos bacitracina e a neomicina inibem a proliferação das bactérias.
Resumindo…



1) Amenize a dor mantendo a região afetada dentro da água.

2) Passe vinagre no ferimento logo que sair da água para evitar uma infecção maior.

3) Escove e lave com sabão e água doce até retirar os pedaços de coral e a poeira do carbonato de cálcio.

4) Não é necessário fazer um curativo. Depois de limpar, mantenha o ferimento aberto e evite movimentos bruscos.

5) Consulte um médico o quanto antes para saber que pomada passar ou, se o ferimento for mais grave, como tratar e que antibiótico tomar.

Fonte: http://hardcore.uol.com.br/ferimentos-nos-corais-agora/

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 Quero reanimar um afogado. E agora?


Um trabalho para profissionais, mas alguns cursos para pessoas comuns ensinam como evitar o pior no outside

Texto Alexandre Versiani / Arquivo HC

A frente fria chega com fortes rajadas de vento, chuva, correnteza e ondas assustadoras. A bandeira “PERIGO” indica que o mar não está para brincadeira. A praia, lotada no fim de semana, já não conta com mais ninguém – exceto por um ponto preto, distante no outside, que, ignorando os alertas da Defesa Civil, desafia o swell como se fosse o último.

Surfistas encaram qualquer adversidade e, por isso, têm que estar preparados para todas as situações. Mas, entre todos os perigos no mar, perder a consciência – seja por um mal súbito ou uma forte pancada na cabeça – é o mais ameaçador.

“Quando isso acontece, a pessoa começa a se afogar e tem entre 4 e 6 minutos antes de as células do cérebro começarem a ser destruídas”, conta o big rider e bombeiro Marcos Monteiro, que em 2012 protagonizou o resgate heroico de Aldemir Calunga em Puerto Escondido, no México. “O ideal é que o resgate seja feito antes desse período. A partir daí, caso a vítima seja resgatada e reanimada, provavelmente vai haver algum tipo de sequela”.

No final deste ano, o assunto voltou à tona após o salvamento dramático de Maya Gabeira em Portugal, realizado por Carlos Burle, que é treinado para este tipo de situação. Pouco depois, o americano Kirk Passmore, que surfava sem colete no outer reef de Alligators, morreu afogado durante o primeiro swell da temporada havaiana.

Somente salva-vidas e socorristas com treinamento especializado estão aptos a realizar todas as etapas de um resgate, mas segundo David Szpilman, diretor médico da Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), há maneiras de prevenir ou auxiliar o trabalho destes profissionais caso alguém esteja se afogando.

“Atitudes simples como observar o mar por alguns minutos antes de entrar, verificar se o estrepe (leash) está em boas condições ou se há algum perigo no local como pedras e recifes já ajudam a evitar o afogamento, que é a maior causa de morte entre os surfistas”, afirma. “Além disso, evite a qualquer custo o trauma na cabeça. Este é o único tipo de trauma que pode matá-lo durante o surf”, complementa Szpilman.

Criada em 1995, a Sobrasa nasceu com o objetivo de reunir profissionais da área e atualizá-los sobre novas técnicas de salvamento, além de promover cursos de capacitação para pessoas comuns. Uma cartilha divulgada pela entidade ensina como uma pessoa comum deve proceder durante um afogamento.

“O primeiro passo é verificar se a pessoa está consciente ou não. Depois, aproximar-se pelo local mais seguro, sair parcialmente da prancha e colocar a vítima sobre ela, virando o bico para a areia e acelerando o resgate”, recomenda a Sobrasa, que adverte o surfista a chamar os Bombeiros pelo número 193 imediatamente em qualquer emergência.

Para Marcos Monteiro, os cursos de primeiros socorros deveriam ser matéria obrigatória nas escolas. “Qualquer pessoa pode se tornar apta a fazer uma reanimação cardiopulmonar (CPR), desde que passe por treinamento específico. O surfista tem que estar sempre muito bem preparado”, ressalta o big rider.
Resumindo:

– Medidas simples podem evitar o afogamento, como observar o mar alguns minutos antes de entrar ou verificar se o estrepe (leash) está em boas condições.

– O único trauma que pode matar durante o surf é a pancada na cabeça, por isso proteja a área e evite a qualquer custo bater a cabeça na prancha ou no fundo.

– Qualquer pessoa pode se tornar apta a fazer um salvamento, desde que passe por treinamento específico ou de primeiros socorros.

– Se o afogamento acontecer, o que um “leigo” no assunto pode fazer é iniciar o resgate da melhor maneira possível antes da chegada de um profissional.

– Chamar sempre o Corpo de Bombeiros pelo número 193 e aguardar as orientações do profissional.
Se Liga:

– A Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático realiza frequentemente cursos de capacitação para o resgate na água. Para ficar por dentro dos horários e datas, acesse sobrasa.org.

Fonte: http://hardcore.uol.com.br/quero-reanimar-um-afogado-agora/

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